Hoje em Amatrice durante os primeiros funerais das vítimas um cão esteve sempre perto do caixão do dono. Foi notícia de telejornal e todos acharam lindo o gesto do animal. É pena que isso não sirva para que mais cães sejam tirados dos canis e que menos sejam abandonados. Mas não é por isso que escrevo este post hoje. Escrevo porque adoro cães, porque sei que mesmo sendo animais irracionais eles têm sentimentos. Escrevo porque quando estava triste o meu cão me vinha consolar. Um cão que morreu há três anos e de quem ainda tenho muitas saudades. Hoje tenho outro, ainda é pequenino e mimadinho, mas não me larga e mesmo que tenha comidinha boa, vem sempre atrás de mim.
Será idiota comparar cães a pessoas? Estarei a cometer algum pecado? Obviamente que um cão não é uma pessoa, sei disso. Mas inúmeras vezes porta-se melhor que muitas. Um cão não abandona o dono. Não o deixa quando mais precisa. Não o larga num lar porque já é velho. Não o deixa sozinho a chorar porque não está com paciência. Não quer saber quanto está na conta bancária do dono. Não discrimina ninguém. Tanto faz que o dono seja preto, branco ou amarelo. Que seja gay, bi ou hetero. Que vista burquini ou que faça topless. O que importa é que lhe dê amor. E ele também vai retribuir. E com isto digo que sim é idiota comparar cães a pessoas. E sabes porquê? Porque há cães que são melhores que muitas pessoas. E eu amo muito o meu e acho que no meio da linguagem canina dele, ele também me ama a mim.