sábado, 20 de agosto de 2016


Acordei com o barulho do estrondo. Pregaste-me um susto e feriste a patinha. Tentei tratá-la mas não deixaste. Fugiste a coxear e preferiste deitar-te a lambê-la. De mim só querias mimo, muito mimo como sempre. E que te protegesse da malvada placa de mármore, que não sei como, conseguiste partir. E do mal o menos feriste apenas a pata. Chegas ao pé de mim com o pau na boca para brincarmos. Mesmo coxo corres e queres brincar e brincar. Ensinas-me que não é uma ferida que nos pára a vida. É como se os teus latidos dissessem "vai Maria, não deixes que o teu coração ferido te páre. Sê feliz, corre e brinca como eu." Tens razão. Tens toda a razão. Vamos lá viver! :)

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