terça-feira, 31 de março de 2015


Não sei se estou pronta
Queria saber mas não sei...
O meu percurso está meio para o torto
Está tudo menos perfeito
Mas é o meu! É o que eu trilhei
E eu não sei se estou pronta
Se saberei endireitá-lo
Ou se ele está melhor assim
Talvez seja nas curvas e contra-curvas dele que eu me encontre
Talvez eu saiba dominá-las
Ainda não sei se estou pronta
Falta-me a coragem e sobram-me as dúvidas
Aquelas que me assombram
Embora lá no fundo saiba que vou conseguir
O que é para ser será...mesmo que venha a demorar
E apesar das evidências continuo a sentir que vai ser
Há algo que me diz para não desistir
E eu confio nesse algo...
Resta saber o final, mas esse só mesmo no final!

segunda-feira, 30 de março de 2015


Aqui estou eu a aprender a viver. Ninguém nasce ensinado e se uns dias não me reconheço, nos outros sei muito bem o que quero. A vida é uma aprendizagem constante. Dizem que há que saber viver. Há que saber amar, aceitar, cuidar e outros tantos. É verdade, há que saber. Mas se algumas coisas são fáceis de aprender, ou já são inatas como o amor, outras são uma construção permanente, tal como nós. Nós, seres errantes, que vivemos inquietos a pensar no futuro e esquecemo-nos que o importante é o AGORA. É nele que estamos e é ele que temos de aproveitar, porque o amanhã podemos não ter. Uma das lições que aprendi nas aulas da vida. E tenciono continuar a aprender. Tenciono continuar a VIVER. A cair e a levantar-me nesta montanha-russa que se chama VIDA! Uma vida que é MINHA e de mais ninguém!

domingo, 29 de março de 2015

Só para que saibas que consegues! :) 


A vida é maluca e às vezes tem tendência a pregar-nos partidas. Acho que ela quer testar-nos para ver se somos capazes de a viver. Se somos fortes o suficiente para enfrentar o que ela tem para nós. Hoje foi apenas um desses dias, em que julgavas que nada de especial ia acontecer, mas aconteceu. E quando aconteceu, tu soubeste agir. Mesmo que agora aches que não, soubeste! Não ficaste parada! Se o tivesses feito, isso sim seria errado. Muito errado! Às vezes martirizamo-nos porque erramos, porque não somos bons o suficiente, enfim, porque não somos perfeitos. E a verdade é que não somos. A perfeição não existe. Os erros acontecem e temos de lidar com eles. Temos de crescer com eles e aceitar que a vida é mesmo assim. Só não erra quem não levanta o rabo do sofá para fazer alguma coisa da vida. E isso já de si é um erro. Por isso mesmo, não desistas daquilo em que acreditas. Pensa nos motivos que te fizeram escolher o que escolheste para fazer da vida e guarda-os no teu coração enorme. Se há pessoa que eu sei que nasceu para isto, és tu! E olha que eu não me costumo enganar nestas coisas! Agora no meio da neblina de hoje, podes pensar que não, mas quando a poeira assentar vais ver que sim. Tu consegues! Eu sei que sim. E eu estou aqui para te relembrar disso as vezes que forem necessárias!!! Para te lembrar que não é uma partida do destino que te vai impedir de ver o sol brilhar, mesmo que hoje tenha chovido! E ele brilha, ai se brilha! Tal como tu!

sábado, 28 de março de 2015

Ninguém me ama a ponto de ser eu



Fiz o que era mais urgente: uma prece. Rezo para achar o meu verdadeiro caminho. Mas descobri que não me entrego totalmente à prece, parece-me que sei que o verdadeiro caminho é com dor. Há uma lei secreta e para mim incompreensível: só através do sofrimento se encontra a felicidade. Tenho medo de mim pois sou sempre apta a poder sofrer. Se eu não me amar estarei perdida — porque ninguém me ama a ponto de ser eu, de me ser. Tenho que me querer para dar alguma coisa a mim. Tenho que valer alguma coisa? Oh protegei-me de mim mesma, que me persigo. Valho qualquer coisa em relação aos outros — mas em relação a mim, sou nada. É tão bom ter a quem pedir. Nem me incomodo muito se eu não for totalmente atendida. Eu peço a Deus para eu ser mais bonita — e não é que meu olho faísca ao mesmo tempo que meus lábios parecem mais doces e cheios? Eu peço a Deus tudo o que eu quero e preciso. É o que me cabe. Ser ou não ser atendida — isso não me cabe a mim, isto já é matéria-mágica que se me dá ou se retrai. Obstinada, eu rezo. Eu não tenho o poder. Tenho a prece. 

                                                                       Clarice Lispector, in 'Um Sopro de Vida' 

sexta-feira, 27 de março de 2015


Dança, minha querida, dança
Rodopia, abraça, sê feliz
Foste princesa perdida no meio do nada
Hoje sabes que quem faz girar o teu mundo és tu
De ninguém és namorada
Mas não te sentes abandonada
Sorri, meu amor, sorri
Ilumina o teu mundo
Só tu és capaz de fazê-lo
Esquece a valsa e envolve-te no samba
Deita fora a bagagem pesada
E fica só com o que for leve
E vive uma vida mais leve
Mais calma, com mais ternura na alma
Olha em frente
Cabeça erguida, peito feito e olhar decidido
És tu! O teu novo eu!
A rainha dos mil sóis
A princesa dos caracóis!

quinta-feira, 26 de março de 2015

Hoje acordei com a certeza de que tudo nesta vida acontece por uma razão. Que dei um mergulho até ao fundo do mar e que agora tenho duas opções: deixar-me ir afundando até bater com a cabeça numa pedra ou aproveitar e ver os corais. Escolhi a segunda! E sei que a vida é uma sucessão de mergulhos, uns mais profundos que outros. Deste meu mais recente mergulho levo comigo apenas as coisas boas e o resto, como o nome indica é resto, e eu não costumo ficar com os restos. Lavei a cara, vesti-me, despenteei ainda mais o cabelo e fui trabalhar. Por fora igual ao de sempre. Por dentro com uma força renovada e com a certeza que agora sim, estou a fazer aquilo em que acredito. Viver simplesmente. Aproveitar as coisas boas dos meus dias, mesmo que sejam pequenas coisas, porque muitas vezes, são essas as mais importantes. E não vou só! Levo comigo quem me acompanha pela vida fora. As minhas pessoas sol, que me aturam quando estou rabugenta e que comemoram comigo os meus sucessos e ficam felizes de verdade. Que me dão tempo para eu saber como me levantar calmamente a cada queda e que estão sempre lá para me dar a mão quando eu precise. Sempre! E agora? Agora vou ali ser feliz e já volto! ;)



PS: Obviamente que depois deste texto quero mandar um mega beijinho às três pessoas sol (as duas Sofias, a Bentos e a chique Proença, e à minha Beloquinhas) que estiveram presentes nestes últimos tempos em que o meu sol brilhou menos e que mesmo respeitando o meu espaço, faziam-me ver que estavam presentes, com desculpas como "é só para te dar um beijinho" ou comentando aqui o meu bloguinho com missivas de força. OBRIGADO!  

quarta-feira, 25 de março de 2015


O amor é uma cena lixada. Ora estás aos pulos de felicidade, ora estás a chorar que nem uma Madalena porque não és correspondido. Podes e deves amar sem reservas...Mas se amas sozinho gastas as reservas todas em quem não sabe valorizar o que sentes, nem a ti mesmo. E as reservas esgotam-se. E tu ficas vazio. Vazio de nada. E não queres voltar a dar de ti durante muito tempo ainda. Cansaste-te de amar. Deixaste de acreditar. E só queres dormitar. 

terça-feira, 24 de março de 2015

Sócia número 1212



Inscrevi-me num clube, onde talvez seja o meu lugar. O clube dos sonhos quebrados. O meu clube. O meu fado desfadado. O meu destino apagado. Errei e erro por pensar demais. Sonhar demais. Acreditar demais. Acabou-se! Acabaram-se os demais. Agora dou-me de menos. Sonho de menos. Acredito quase nada. Errar vou errar muitas vezes! Pelo menos até acertar e se acertar!

Vou ficar por aqui. E este aqui é onde pertenço agora. O meu clube. O meu sítio. Aquele que tem tudo a ver comigo. Quem sabe algum dia me encontre no meio destes sonhos abandonados. Quem sabe possa juntar algumas peças partidas. Quem sabe um dia aceite! Quem sabe o que virá? Por agora acabaram-se os sonhos!

segunda-feira, 23 de março de 2015


Poema de um dos meus filmes preferidos da adolescência, 10 things I hate about you. E vá-se lá saber porquê, lembrei-me dele. Talvez seja pela parte final essencialmente, ou por todo ele e pelo que representa. E por hoje fico-me por aqui. Fico no meio de tanto ódio que não odeia! Se fico bem? Não sei...Só o tempo dirá!

domingo, 22 de março de 2015


Estás triste? Dá-me a tua mão. Vem sentar-te aqui ao pé de mim. Não precisas dizer nada. Eu sei porque triste estás... Triste e confusa. Queres detestar, mas não consegues...Tens de ser má, mas isso corta-te o coração...Querias saber o porquê, mas não sabes...Querias perceber, mas não percebes...E depois..depois as últimas notícias também não ajudam...Nem sei que te diga...Posso dizer-te que o tempo resolve tudo, que mais cedo ou mais tarde as coisas melhoram...mas isso tu já sabes, apesar de não acreditares agora! Sendo assim, não digo nada. Fico só aqui ao pé de ti! Eu própria também gostava de perceber...Mas juro que não entendo! Provavelmente nem é mesmo para se perceber! Talvez nunca tenha sido...Talvez os sinais estivessem trocados...Talvez o sol e a lua não estivessem destinados...E tudo um curto-circuito levou! E a música acabou!

sábado, 21 de março de 2015



"...Não queiras saber de mim
Porque eu estou que não me entendo
Dança tu que eu fico assim
Hoje não me recomendo..."


Hoje sou barco à deriva, sem rumo certo. Sem saber para onde vai, mas sabendo que não quer voltar para onde veio. Barco fustigado por tempestades inesperadas, com as velas rotas pelas desilusões. Uma atrás da outra...Até quando te vais manter à tona da água? Quanto tudo parece querer afundar-te? Quando sentes que o que vem não é melhor? Quando és híman que atrai sempre o que não queres? Este barco começa a perder as forças. Aquelas que tentam remar contra a maré. Este barco sente-se sozinho e já não lhe apetece lutar mais. Este barco está triste e vai desistir. Já não consegue acreditar. A esperança está a desaparecer a cada nova bofetada da vida. Este barco vai apenas deixar-se boiar sem destino e que a vida traga o que quiser...vai esperar até mais uma desilusão o afundar!

quinta-feira, 19 de março de 2015


Há presentes que não custam dinheiro e são muito melhores que os mais caros do mundo. Neste dia do pai não vou estar fisicamente com o meu, porque só uma caixa não bastava, era necessária uma ponte que atravessasse o Atlântico e eu não posso com nenhuma. No entanto, ele sabe que os meus beijinhos a abracinhos estão com ele neste dia e que gosto muito dele. 
Feliz dia do pai a todos aqueles que se comportam como pais e às mães que são mãe e pai ao mesmo tempo. Pai é quem cuida. Pai é quem ama. Aquele está presente nos melhores e nos piores momentos. Nas birras e nas alegrias. No jogo de futebol da escola e na prova de ballet. Pai é estar presente! Pai é amar! FELIZ DIA DO PAI! E ao meu, que não vai ler isto, desejo um óptimo dia e agradeço tudo o que fez por mim! OBRIGADO PAI :D 

quarta-feira, 18 de março de 2015


Um dia disseste-me que eu era um espectáculo. Mesmo sabendo que estavas a exagerar adorei que o tivesses dito. É sempre bom ouvir elogios, principalmente das pessoas de quem gostamos, mesmo que por vezes sejam exagerados. E normalmente eu não acredito muito quando me elogiam, mas gosto que o façam na mesma. Não confio muito em alguns pedaços de mim e a minha auto-estima nem se vê de tão imaginária que é. Sou assim, uma donzela perdida dentro dela própria. Um ser bipolar que hoje chora e amanhã ri, dependendo se está vento ou sol. Deixo-me influenciar pelo tempo e por quem me rodeia. Mas também sei pensar por mim. E é por isso que às vezes me fecho na minha pequena ilha. Na minha ilha desaparecida que só eu sei onde fica e onde não deixo ninguém entrar. Já parei de olhar para os outros e de pensar que gostava de ser como eles. Sou como sou, e se algumas coisas acho que devo mudar, para bem da minha felicidade, outras nem tanto. Sou mulher do tudo ou nada. Não fico onde não sou bem recebida ou onde me sinto a mais. Quem quer estar comigo está, quem não quer não é obrigado. Gosto de gente sincera, que não se esconde atrás de máscaras. Não posso com pessoas fúteis que só olham para o próprio umbigo. Sou menina com coração mole que se derrete com um simples sorriso. Mas também sei ignorar quem me faz mal. Cumprimento por educação, mas não dou conversa se não gosto de alguém. Não sou graxista, nem tenho paciência para conversas da treta. Não finjo gostar de ninguém e se gosto, gosto mesmo. Sou amiga do meu amigo, e dos inimigos nem quero saber. Não perco um segundo a pensar em quem não merece. Tenho medo de me dar demais. Medo que me façam sofrer. E ao mesmo tempo quero muito ser feliz, mas para isso tenho de vencer esses medinhos todos! Toda eu sou como a minha ilha desaparecida. Resisto a tempestades, mas tenho medo de simplesmente me soltar, de me deixar ir, de largar o pedaço dessa ilha que me ajuda a manter os pés bem assentes na terra, por medo de não conseguir voar. Ou medo de gostar tanto de voar e já não querer voltar. Sou ridícula. Eu sei! E esta sou eu!

terça-feira, 17 de março de 2015



Não sou nada. 
Nunca serei nada. 
Não posso querer ser nada. 
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.

                                       
                                              (Álvaro de Campos)

segunda-feira, 16 de março de 2015


Hoje deram-me um óptimo conselho: "Faz o que te diz o coração!" E eu acho que vou segui-lo! ;)

domingo, 15 de março de 2015


Parei o relógio. Hoje não quero saber do tempo. Falei com a serenidade e pedi-lhe para vir ter comigo. Pedi-lhe simplesmente para estar. Só estar! Que não me dissesse nada, deixasse apenas o meu coração descansar. Ele precisa de se acalmar. Mas disse-lhe também para trazer consigo a coragem, que ele vai precisar! E com ela a sabedoria para o iluminar. Por isso hoje meus Deus só te peço que "me dês a serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar, a coragem para mudar as que eu posso e a sabedoria para saber a diferença entre uma e outra."
E agora respiro fundo e sinto a paz na alma e no coração. E não quero mais nada!

sábado, 14 de março de 2015


Minha borboleta ferida acredita em ti! Acredita que és capaz, porque realmente és, e só tu não o vês! Tens vencido tantas tempestades e agora deixas-te ficar? Por achares que não consegues não quer dizer que isso seja mesmo verdade! Tu consegues, só tens de confiar em ti. Tens de perceber que a tua fragilidade te torna ainda mais bonita. Que ela se transforma em força sempre que tens de lutar por algo que é importante para ti. A verdade é que não é essa tua asa ferida que te impede de voar. És tu mesma, por teres medo de cair. Mas já caíste outras vezes, não foi? E levantaste-te sempre…Então, ter uma ou as duas asas feridas é completamente igual. E tu sabes disso! A dor é a mesma e a cura também será igual. E se não tentares não voas mesmo! Minha borboleta querida, eu acredito em ti! Vai ser feliz! E vai já!!!

sexta-feira, 13 de março de 2015


Cabeça baralhada, coração apertado, mas que bela combinação que para aqui tenho! Não sei que faça, não sei que diga. Só me ocorre enfiar-me na toca e nada fazer! Fugir! Fugir dos meus medos. Aqueles que não consigo vencer. Admito sou uma cobardolas com medinhos ridículos e parvos. Que a minha confiança não existe simplesmente. Mas sou eu e eu sou assim! A minha cabeça está um caos por estes dias e o coração mais parvo do que o costume. Devia haver uma maneira de ligar o fusível do cérebro e fazer com que ele obrigasse o coração a estar quieto! Que lhe batesse, espancasse ou o que quisesse, mas fizesse com que ele parasse de ser estúpido de uma vez por todas. Assim evitavam-se as desilusões, as dúvidas, os medos e as lágrimas. Eu voltava a ser uma pessoa racional e parava de sonhar com o que não devo porque não tenho e pelos vistos não vou ter! 
E pronto com uma cabeça baralhada e um coração apertado não me podem exigir melhor escrita, porque hoje é o melhor que consigo. Talvez quando desbaralhar isto tudo seja melhor! ;)

quinta-feira, 12 de março de 2015

Hoje estou meia adoentada e a inspiração não se quis contagiar e fugiu de mim! Por isso não vou escrever muito, mas o muito nem sempre é o melhor também. Peço apenas que Deus me dê paciência para enfrentar o dia de amanhã e conseguir ouvir parvoíces sem me saltar a tampa e coragem para enfrentar o depois de amanhã!E pronto por hoje é tudo! Sejam felizes e não deixem que ninguém vos roube a felicidade. Lutem por ela sempre! :)

quarta-feira, 11 de março de 2015


Sinto-me cansada, muito cansada. Como se carregasse o mundo às costas. E às vezes carrego! Cansada principalmente de esperar. Então decidi agir! Se as coisas não me caem do céu, tenho de ser a ir buscá-las. Tenho de tomar as rédeas da minha vida, porque isso ninguém pode fazer isso por mim, a não ser eu. E eu vou em busca da minha felicidade, ou em último caso da minha sanidade mental. Vou à tua procura. Agora é contigo! Tu decides se queres vir comigo ou ficar!E eu só tenho de aceitar!

terça-feira, 10 de março de 2015



Vamos à escola desde pequeninos! Aprendemos tanta coisa nos livros. Só não aprendemos a viver! Não aprendemos como calar um coração que teima em não ter juízo. Não aprendemos como esquecer alguém em pouco tempo. Não aprendemos a não nos apaixonar por alguém que não sinta o mesmo por nós! Não aprendemos que a dor acompanha o amor. Nada disto nos é ensinado. Aprendemos quando batemos com a cara no chão. E dói! Ai se dói. O pior é que acabamos muitas vezes, mesmo tendo sofrido antes, por voltar a acreditar! E lá vem outra patada nas fuças de novo que é para ver se é desta que ficamos quietos. O pior é que o coração é burro e não aprende nunca! Oxalá houvesse um livro com a solução para isso, mas não há! Resta-nos deixar o tempo curar as feridas e amenizar as dores, até vir outro furacão disfarçado de amor e não deixar nada como antes novamente! E hoje é isto! Não sei se chore ou se diga palavrões...

segunda-feira, 9 de março de 2015


Queres que te conte uma coisa? Assim baixinho para ninguém ouvir? Uma coisa linda, que já não consigo guardar só para mim. Aproxima-te mais, deixa-me dizer-te ao ouvido! Deixa-me contar-te todo o meu mundo numa só frase! Deixa-me! Ouviste?! Ainda bem. Agora guarda só para ti! Não contes a mais ninguém por favor! O segredo era meu e agora é nosso! E esse nosso não inclui mais ninguém! Ninguém pode saber que me apaixonei por um sorriso!!!

domingo, 8 de março de 2015


Gosto de ser mulher! De me sentir especial, como um pintaínho frágil que precisa de ser protegido. De me sentir forte, como se desse cabo de um batalhão de parvalhões só com uma frase (e ás vezes dou)! Ser mulher é gostar de ser mimada, de andar de saltos altos e ver o mundo de cima. É perder imenso tempo a reclamar que não tenho nada para vestir, com um armário a transbordar de vestidos. É chatear-me porque o verniz das unhas está a desaparecer e ter de fazer a depilação. É saber que sou mulher de mil estados de espírito num só dia (e nisto percebo que os homens às vezes não nos consigam perceber tadinhos). É guardar uma caixa de segredos no coração e só revelar alguns a quem prova que merece essa confiança. É sentir-me insegura inúmeras vezes e mostrar confiança ao mesmo tempo para não ser esmagada pela vida. É chorar nos filmes de amor e sonhar com histórias cor-de-rosa. É gostar de ver futebol e novelas ao mesmo tempo. Ser mulher é ser uma princesa sonhadora e uma rainha com os pés bem assentes na terra. Ser mulher é ser apaixonada, é ser mãe e filha ao mesmo tempo. É acreditar que os homens mudam, mas sabendo ao mesmo tempo que é necessário educá-los primeiro. É odiá-los e amá-los ao mesmo tempo. É ouvir bocas machistas e responder à letra. É conduzir de saltos altos e andar sempre atrasada. É ser forte mesmo com o coração partido e sorrir sempre. É ter um coração do tamanho do mundo e amar o seu pequeno mundo. É saber que sou especial mesmo que às vezes me façam sentir o contrário. É não deixar que um espelho ou uma balança me desmoralize, porque eu sou linda como sou e eles não me definem. E se eu não gostar de mim, quem gostará! E eu gosto de ser mulher!

sábado, 7 de março de 2015


Hoje fui ter contigo meu querido amigo
Já tinha saudades tuas muitas
Sei que estás sempre comigo
Mas precisava de voltar a tua casa
Sentir o teu apoio, sentir que nada disto é em vão
Eu sei que tu me guias e me iluminas o caminho
Mesmo que eu às vezes não perceba isso
Mesmo que eu às vezes fique triste contigo
Sei que o que fazes é para meu bem
E que se hoje tropeço, amanhã já terei mais cuidado ao pisar o caminho da vida
É bom ouvir os conselhos que me dás
Mesmo que às vezes não os perceba à primeira
Saber que estás pertinho sempre que precisar
Que posso contar contigo para o que der e vier
Gosto muito de ti meu amigo querido!

sexta-feira, 6 de março de 2015


Bebo o café, sabe a amargo! Nem com dois pacotes de açúcar consigo que saiba melhor. Folheio o jornal cheio de notícias tristes. Desisto de ler. Levanto-me e olho para a janela. Está nublado o dia. Não me espanta, está como eu. Visto-me depressa e olho para o espelho para ver se estou minimamente apresentável. Não me demoro a olhar muito tempo! Prefiro não ver as olheiras e as borbulhas que me invadem o rosto por estes dias. Pego na mala e finalmente saio de casa a ansiar que o dia passe rápido para chegar cedo ao meu porto de abrigo. Já vou atrasada como sempre e o comboio não espera por mim. Perdi mais um. Que venha o próximo. É o costume! O problema é que não me acostumo a este costume. Não me acostumo e pronto! Queria tanto mas não consigo. Mais um dia de treta e um dia a menos no calendário da vida. Estou a tornar-me na rainha do drama! A reclamona de serviço. Tenho que parar com tamanha rabugice que isso não me ajuda a ficar mais feliz! Tenho que aprender a guardar apenas os aspectos positivos do meu dia e a fazer com que eles me ajudem a não desanimar. Hoje podem ter sido poucos, amanhã serão mais! Hoje pelo menos não choveu e algo me fez sorrir! Sorrir com o coração! E é isso que importa! Não foi um dia em vão! 



quinta-feira, 5 de março de 2015


Adormecida. É assim que te sentes. Serás tu uma cinderela perdida? 
Minha cinderela querida estás cansada da vida?! Da vida que levas. Cansada da TUA vida. Mas não é suposto a vida cansar! É suposto fazer-te sentir algo. É suposto fazer-te sorrir e chorar. Dançar e cantar. Amar e abraçar. E é por isso que dormes. Sei que sim...Existe muita gente que se limita a sobreviver. Que mesmo que não sintam nada deixam-se ficar num estado de sonolência sem explicação. Mas tu não! Tu dormes porque não consegues ver-te assim. E se não é para viver então preferes não ver! Tu sabes que tens um coração a transbordar de emoções e não consegues não vivê-las. Dói demais! E é ferida que não sara! Estás quase a explodir...falta um bocadinho assim! 
Custa-me ver-te assim! Adormecida, perdida e infeliz. Minha cinderela atormentada volta à vida por favor! Podes voltar devagarinho, mas volta! Eu compro-te uns sapatos novos!

quarta-feira, 4 de março de 2015


Ando a ficar reclamona, se é que isso existe. E rabugenta e chata e tudo o que tenha a ver com insuportável. Já nem eu me consigo aturar! Existem muitas pessoas amargas porque a vida assim delas fez. Será que também vou ficar assim? Ultimamente pergunto-me vezes e vezes sem conta se não estarei a ficar amargurada ou uma tótó frustrada. Será que o amargo vai vencer o doce de pessoa que sou? Ou que era e já não sou? Já nada sei! O que me vai valendo é que ainda tenho algum insight! Hoje mesmo arrependi-me de ontem ter reclamado das minhas velhotinhas queixosas com alguém e esse alguém disse que eu é que era um amor! Serei mesmo?! Só sei que ultimamente eu já não sou eu! Nunca fui perfeita, mas também nunca tive tão pouca paciência. E a vida já me testou muitas vezes, ai se testou. Será que a estou a deixar vencer-me pelo cansaço? Será que é desta que atiro a toalha ao chão e páro de tentar salvar o mundo quando ninguém me salva a mim? Tanto será, para tão pouca resposta...Tanta rabujice e queixice para tão poucas linhas. Vou parar de reclamar! Vou respirar fundo e deixar rolar. Pode ser que no meio das pedras e pedregulhos que a vida me tem atirado venha uma flor?! Uma simples flor! E essa flor não vou deixar fugir por estar a reclamar. Isso seria burrice e burra ainda não me tornei! Portanto vou continuar a andar. Um passo a seguir ao outro. Devagarinho que as forças já não são muitas. Um passinho, dois passinhos, três passinhos...E a flor há-de chegar! :)

terça-feira, 3 de março de 2015


Que faço eu? Que faço eu por estes dias? Aborreço-me. Irrito-me. Rio sem saberes porquê. Choro com motivo e sem motivo. Durmo como se não houvesse amanhã. Penso em ti. E sei que pensas em mim. Tanta coisa para muitos nadas. Nadas que às vezes são tudo. Um tudo desajeitado. Um tudo aparvalhado. Aparvalhado como eu por estes dias. Princesa em sonhos, rica de nadas e pobre de tudos. Se não aparvalhar enloqueço e se enloquecer tu já não gostas de mim. E se tu já não gostas de mim que faço eu? Que faço eu quando tu já não estiveres para me roubar a placa dos dentes e para eu te bater com a bengala? Que faço eu sem ti? Deixo de viver e apenas sobrevivo. Porque sem ti a vida deixa de ter piada meu velho resmungão. E eu deixo de ter com quem me irritar. Deixo de te ter. Deixo de ser a tua velha resmungona para ser apenas mais uma velha. Uma velha solitária. Uma velha que já foi muito feliz ao teu lado e que sabe que vai continuar a ser. Porque o amor não morre nunca. Vive eternamente no coração de quem ama. E eu amo-te tanto meu velho resmungão. Amei-te a vida inteira. E quero amar-te na vida que me resta. E agora vai-me lá buscar os óculos que eu sei que foste tu que os escondeste!

domingo, 1 de março de 2015


"(...) Quisera poder enfeixar nesta página emotiva o essencial da minha consciência de ilhéu. Em primeiro lugar o apego à terra, este amor elementar que não conhece razões, mas impulsos; – e logo o sentimento de uma he­rança étnica que se relaciona intimamente com a grandeza do mar. (...)"
                                                                      ("Açorianidade", Vitorino Nemésio)

Talvez seja por isso que eu não me sinta pertencer a lugar algum...Nem aqui, e talvez nem já na ilha...Sou uma errante que anda por aí...Que um dia decidiu cruzar o oceano e tentar a sua sorte...Hoje pergunto-me se não seria melhor não tê-lo feito...Se abandonar a ilha tenha sido pecado, como que abandonar o paraíso e ser mal agradecida...Pergunto-me se é por isso que as saudades me acompanham como a não quererem largar-me, a não quererem soltar-me, com medo que eu esqueça o que um dia vivi...que eu esqueça onde vivi...o lugar que me viu nascer...E ser ilhéu é isso mesmo. É saber não pertencer a lugar nenhum. É saber que as saudades fazem parte da vida. É saber sentir o mar como ninguém e amar a terra com todas as forças. Ser ilhéu é ser sobrevivente de sismos e tempestades. A ilha pertence-me e eu pertenço a ela. É um casamento para a vida sem possibilidade de divórcio. Um amor que resiste aos anos e à distância. Porque posso estar 50 anos sem lá ir, mas tenho a certeza absoluta que quando lá chegar vão parecer 50 segundos. O tempo que leva a memória a chegar ao coração. E a ilha terá sido achada!