E hoje o que temos? O Manel, a Maria e as couves. Por estes dias o Manel esteve quase a ir com as couves. A Maria decidiu que por agora preferia alfaces porque eram menos amargos. Achou que a vida dela precisava de coisas menos amargas nestes tempos. Esteve quase a comprar as alfaces. Quase quase. Mas não comprou. Ela sabe que as couves por dentro guardam folhas que não são amargas e deixam por fora as que são porque o tempo, o vento e a chuva, tornam-nas duras. Ela sabe que as que estão dentro valem a pena porque são doces e que só consegue lá chegar quem estiver disposto a levar com as amargas primeiro. Descobriu que naquela couve em especial as folhas que estão escondidas são perfeitas dentro da sua imperfeição. E o Manel não foi com as couves por agora. A Maria decidiu ficar com os dois. E vivem os três, o Manel, a Maria e as couves.
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