quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Um dia conto-te. Um dia saberás que o sol e a lua não se dão. Que tu e eu também não. Um dia conto-te. Conto-te que o que sentia por ti era forte, e digo-te como trataste de o enfraquecer. Foste tu que me afastaste, não fui eu que fui embora. Um dia conto-te. Falo-te da dor que senti ao bater a porta. Do que me custou ir embora. De como me sentia uma desistente, só que não fui eu que desisti, foste tu que desististe de nós. Um dia conto-te. Explico-te que quando estava triste não era pelo trabalho, nem pelas crises familiares. Estava triste por nós. Por mim e por ti. Dois idiotas juntos, mas que de juntos tinham pouco. Um dia conto-te. Conto as vezes que chorei ao teu lado enquanto dormias e somo às outras em que chorava por dentro enquanto sorria para ti. Um dia conto-te. Conto-te que decidi valorizar-me. Que mereço alguém que me ame. Que me queira só a mim. Que queira ficar comigo e que fique. Que me faça sentir a mulher mais bonita do mundo, mesmo despenteada e de pijama. Que não me faça sentir que não sou mulher para ele, porque me vai mostrar que não quer mais nenhuma. Que não seja como tu. Um dia conto-te. Um dia saberás o que perdeste. E nesse dia eu já estarei sabendo o que ganhei. Um dia conto-te. Conto-te tudo! E não vais gostar!

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