Tenho quase trinta. Estado civil: solteira. Estado de espírito: feliz. Estado o que os outros acham disso: estou-me a cagar. Sou mulher de mil estados, tempestades e acalmias. Sei quem sou, o que quero e para onde vou. Não preciso de um homem para me vir dizer que rumo dar à minha vida. Preciso de um homem que me ame e que eu ame também. Não vou andar com alguém só porque sim. Não sou dada a desesperos nem dramas por estar só. Porque eu não estou só: tenho-me a mim, e que melhor companhia que eu própria. Se os outros acham que sou um E.T. por estar solteira problema o deles. Admito que às vezes sinto falta de um abraço forte e um beijo quente. Faz falta alguém que caminhe ao teu lado pela vida. Mas também sinto falta do colo da minha mãe e de muitas outras coisas e nem por isso entro em depressão. Estar solteira não é doença e às vezes também é muito bom. Por quanto tempo vou estar? Não sei. O destino o dirá. Sei sim que o meu estado civil mudará apenas quando o meu coração disser e não para mostrar que sou mais mulher ou mais bem sucedida porque finalmente alguém me ama. Eu amo-me e isso basta-me. E quando esse alguém vier que seja para ficar e que seja suficientemente homem para aceitar que atrás de uma grande mulher, está sempre um grande homem. E esta mulher com quase trinta por agora está bem como está. E só muda se for para melhor. Estado civil: solteira. Estado de espírito: muito feliz. Estado afectivo: apaixonada por mim mesma!
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